21/11/2013

Em Chamas e a insaciável sede de oprimir


A continuação de Jogos Vorazes conseguiu ser ainda mais eletrizante que seu antecessor.
Com uma trama cheia de surpresas, "Em Chamas" é envolvente, assustador e ao mesmo tempo cheio de citações perfeitamente cabíveis em nossa sociedade.

Após ter desafiado a estrutura montada pelos organizadores dos Jogos Vorazes, Katniss Everdeen tem que enfrentar novamente o sistema e lutar contra os vencedores de outras edições do programa para defender a vida do povo de Panem e das pessoas que mais ama.

Um filme quente, que fala de amor, responsabilidade, senso de justiça, vingança, manipulação, alienação, revolta, luta e conspiração.

Emoção do começo ao fim.

Vale cada centavo!

Dilemas de uma democracia



E a polêmica do momento é a questão da liberação ou não das biografias sem autorização prévia, o que levanta questões como censura, invasão de privacidade, o limite dos direitos coletivos em detrimento dos individuais e as falhas na aplicação das leis.

De um lado, editores de livros, biógrafos e toda a classe jornalística levanta a bandeira para a liberdade total e irrestrita de publicações de biografias, sem que seja preciso autorização da pessoa em questão.

Em contrapartida, no lado oposto dessa briga estão nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Roberto Carlos, Djavan e vários artistas que se sentem invadidos em seu direito a privacidade, por biografias não autorizadas e sob as quais eles não possuem nenhum ganho financeiro.

Como jornalista e cidadã, obviamente sou totalmente a favor da liberdade de expressão e informação, porém as pessoas tem que tender que mesmo tendo meios para se defender de coisas publicadas/comercializadas, aos atingidos resta apenas remediar os estragos.

A discussão em si é realmente complexa, porém o fato é que vivemos num mundo onde a privacidade das pessoas vem sendo violada com frequência - não apenas no caso dos artistas, mas sim em todas as esferas da sociedade - ao mesmo tempo em que as leis não são cumpridas com a devida rapidez e rigor.

Na verdade, o que está sendo discutido é muito mais amplo do que a questão das biografias.
Estamos falando sobre direitos e deveres e isso é o que realmente precisa ser levado em consideração, ao invés de picuinhas de classes.

Obviamente, para o mínimo de funcionamento de uma democracia, precisamos estar atentos a todas as tentativas de tolher o direito de nos expressarmos de forma livre, autônoma e lúcida, porém é imprescindível refletir sobre as leis e criar formas mais duras de punir ofensas e excessos.

Realidade nua e cruel


Narrado com precisão e objetividade por Caco Barcelos, “Rota 66” foi um dos livros mais difíceis que já li na vida.

A violência, a maldade e a frieza de alguns policias - aliada a conivência da imprensa e incentivo de um sistema que premia e absolve quem mata mais - é assustadora até mesmo para quem sabe que de inocente este mundo não tem nada.

Trata-se de um trabalho relativamente antigo, mas tremendamente atual em tempos de “Amarildos” e escândalos envolvendo policiais e provas forjadas contra manifestantes.

Do ponto de vista jornalístico, trata-se de um livro extremamente corajoso, baseado em dados obtidos durante um minucioso e arriscado processo de investigação, que resulta em um grande objeto de estudo sobre apurações jornalísticas.

Definitivamente “Rota 66” é daquelas obras dignas de nos fazer perder a fé em tudo mais que nos cerca. Um livro pra quem tem estômago!

19/06/2013

O que queremos?



Participei anteontem da manifestação na Praça da Sé e foi uma momento de reflexão muito grande acerca de tudo que vi estando lá e o que havia visto antes na mídia.

Para começar posso dizer que foi lindo ver que a mobilização social e todo o desejo de mudança que estava claro no rosto das pessoas.
Contudo é preciso observar que para mudar é preciso não só reclamar, mas sim propor ideias que possam ser executadas, assim como aconteceu com a exigência na revogação do valor das passagens.

Devemos perceber que existe uma grande diferença entre aderir a um protesto e fazer volume sem pensar e nem trazer nada de novo a ele.
E digo isto por ter visto que muitas pessoas estavam lá, mas encaravam a manifestação como um evento e não como uma causa importante.
Vi gente com cervejinha na mão pulando como se estivesse numa micareta, gritando indignada enquanto jogava a embalagem do que comia no chão e tirando foto com a multidão de fundo - numa espécie de Rock in Rio #EuFui .

Todo mundo quer ser o herói de uma geração, aquele que lutou e fez história, mas a pergunta é: COMO?

Este é o momento para nos engajarmos politicamente e conhecermos mais sobre como funciona nosso sistema. Falta maturidade e consciência política!
Estamos condicionados a levar as coisas na maciota, alienados num mar de informação, sem assimilar as ideias vindas de todos os lados.
Somos acostumados a ver, achar legal e compartilhar, tudo isso sem ir atrás de outras fontes e nem verificar a veracidade das informações.

É necessário mostrar a insatisfação? Sim! Mas também é importante saber sobre o que se fala para então propor mudanças argumentando e trazendo transformações de verdade.

Gritar contra a corrupção ou a favor da educação, segurança, transporte e saúde é louvável, mas o mais legal é poder chegar e dizer que é contra a PEC 37, que exige a condenação dos culpados pelo mensalão, o fim do foro privilegiado e a aprovação do projeto que criminaliza a corrupção.

Fora isso podemos sair às ruas para apoiar as súplicas de professores, policiais e médicos que sonham em ter melhores condições de trabalho, a começar pelos salários.

O que não dá é para sair bradando contra tudo ao mesmo tempo e assim descaracterizar o significado de cada manifestação que houver.

Não desmereço aqui a presteza e a colaboração de todas as pessoas que se dispuseram a sair às ruas para tentar mudar alguma coisa, mas só espero que nada disso seja em vão.

Afinal, o que queremos?
Ser a capa do jornal do dia seguinte ou a matéria digna dos livros de história?


18/06/2013

Quem tudo quer, nada tem.



O que aconteceu ontem foi uma das coisas mais bonitas que eu já vi na vida, pois mostra que o Brasil não é um país de gente passiva, que só se manifesta quando o assunto é futebol ou carnaval.
A tomada das ruas feita por mais de duzentas mil pessoas em todo o país reflete claramente o grau de insatisfação da população com inúmeras situações com as quais convivemos cotidianamente.

Todavia, há que observar que o motivo original desde o início do movimento é a redução das tarifas do transporte público e seria importante que as pessoas, por hora, se concentrassem na base desta questão até a resolução do problema.

Sabemos que há uma demanda enorme de coisas que destroem a autoestima do povo brasileiro, porém se não focarmos no motivo principal todo o protesto cairá no vazio das coisas imensuráveis.

Se tornarmos a manifestação um ato de "descontentamento’ ou ‘insatisfação geral’ ela acabará não tendo resultado prático, pois não terá foco, e é isso que o poder público deseja. Eles não querem a discussão sobre o transporte, muito menos que as pessoas possam ter influência prática nos rumos das políticas públicas através de ações diretas.

Lutar contra a corrupção, a PEC 37 ou os gastos exorbitantes e mal utilizados para a Copa do Mundo é tão importante quanto gritar por saúde, educação e segurança públicas mais dignas, contudo é preciso ser objetivo para atingir o primeiro ponto e então ir em busca de todas essas outras coisas.

Na verdade, muita gente não percebe que para se conseguir resultado é preciso causas concretas e propostas coerentes.

Neste momento, além da diminuição do valor das tarifas de ônibus, uma boa causa para se fazer ouvir e conseguir atingir a questão da corrupção é sair às ruas exigindo que todos os pedidos de recursos dos condenados do mensalão sejam negados pelo ministro Joaquim Barbosa.

Outro motivo claro para reclamar por direitos é a votação da PEC 37 - emenda constitucional que limita os poderes de investigação do Ministério Público e que com isso pode se tornar uma forte arma a favor da impunidade - que será votada em plenário no próximo dia 26/06.

Para finalizar, há que se atentar para as reais motivações de adesão aos protestos, pois as manifestações foram e são legítimas, mas é preciso tomar cuidado para que o ato de participar de um evento desta magnitude não esvazie as causas em si.

Não se trata de um show de rock!

12/06/2013

O protesto que a mídia não mostra.

Foto: Folha de São Paulo
REVOLTA!
A única coisa que eu consigo sentir neste momento é REVOLTA!

Eu apoio veementemente o movimento contra o aumento das tarifas abusivas do transporte público e quero ir pra rua e lutar junto com quem está lá, porém tenho medo de sair e apanhar simplesmente por estar exercendo o meu direito de me expressar.

Alguém acha isso justo num país democrático?

Não quero e nem vou quebrar nada, porém quem me garante que só por estar lá gritando com um cartaz na mão não serei considerada inimiga e poderei até ser presa?
Se até jornalista apanhou e está preso...

Enfim, o que mais me revolta é que tem tanta coisa envolvida nestas manifestações que as pessoas não se dão conta...

As pessoas não veem em momento algum a cobertura enfatizar a razão da manifestação (o aumento abusivo das passagens) e não se questiona sobre?

É IMPRESSIONANTE O GRAU MANIPULAÇÃO A QUE ESTAMOS SENDO SUBMETIDOS!

Há muitas pessoas - e isso inclui desde gente muito pobre até intelectuais como Sr. Arnaldo Jabor - reclamando que os jovens que estão indo pras ruas são rebeldes sem causa que estão reclamando SÓ POR CAUSA DE VINTE CENTAVOS a mais na tarifa de ônibus.
Além disso, alegam ainda que o povo deveria lutar contra a corrupção, contra a violência e contra uma série de outras mazelas deste país, contudo o que estas pessoas não entendem é que:

1 - Ao protestar por algo que pode ser medido em números (como o valor da passagem do transporte) é possível mensurar os resultados e com isso mostrar para a população que vale a pena ir pra rua pra lutar contra a corrupção, a falta de segurança pública, a saúde precária e tantas outras coisas.

2 - Protesto não é o mesmo que passeata! E em qualquer protesto SEMPRE VAI EXISTIR CONFRONTO, o que quer dizer gente machucada, algumas coisas quebradas e muita coisa fora do normal, incluindo o trânsito.

3 – A grande maioria de manifestações populares é ligada a um ou vários partidos. O que não quer dizer que todo mundo que está lá é associado a algum desses partidos.
(*Neste caso, pelo que pude perceber, o movimento está sendo apoiado por partidos como o PSTU, PDB, PSOL e PV)

4 – Sempre haverão infiltrados contratados por bases governistas (municipais, estaduais ou federais) para causar danos à cidade e com isso legitimar abusos por parte da polícia, colocando o povo contra o próprio povo.

5 – N-A-D-A neste país vai mudar se quem for pra rua continuar apanhando e ainda ser recriminado pela própria população pela qual luta.

6 – O maior interessado em calar as vozes destas pessoas é esse sistema público brasileiro que TODO MUNDO TANTO CRITICA, mas que na hora do vamos ver não faz NADA.

7 – É muito fácil ficar em casa reclamando nas redes sociais e falando que antigamente as pessoas lutavam pelos seus direitos. O difícil é ir, meter as caras e tentar mudar as coisas de verdade ou antes de criticar  parar e analisar o que acontece e o que não está sendo dito.

8 – Convenhamos que pelo volume de gente que foi às ruas durante estes dias, se a maioria quisesse realmente vandalizar, o estrago seria milhares de vezes maior.

9 - Enquanto aqui a imprensa e a população se voltam contra quem se manifesta, lá fora os jornais de todo o mundo mostram que a juventude nacional se revoltou contra os abusos econômicos e é apedrejada por todos os lados.
*A incoerência fica por conta de que quando nós vemos qualquer manifestação de outros países achamos lindo como as pessoas são politizadas e lutam por seus direitos.

10 - É por essas e outras que as novas gerações preferem ir embora do país e deixar sua força de trabalho e suas mentes criativas enriquecerem outras nações.

De qualquer forma, novamente afirmo que mesmo com toda a minha convicção sobre a legitimidade dos protestos, sou completamente contrária a qualquer tipo de vandalismo.

11/06/2013

Como protestar sem causar transtorno?


Gostaria que todos que criticam  a manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus "perdessem" um pouco do seu precioso tempo para refletir sobre os reais motivos de somente o lado negro do movimento estar sendo mostrado.

Legal seria se as pessoas que estão em casa pudessem ver os dois lados da moeda. Isso sim seria JORNALISMO!

No entanto, o que acontece, é que a imprensa se esquece de ouvir o que as pessoas tem a dizer e prefere mostrar somente os atos de violência cometidos por uma minoria, ao invés de mostrar a polícia soltando bombas de efeito moral, spray de pimenta e bala de borracha em gente que está lá somente gritando e lutando por algo melhor para todo mundo.

Muita gente alega que fazer esse tipo de manifestação em horário de pico prejudica a própria população, contudo a questão é que quando o povo vai para O MEIO DA RUA a coisa incomoda e quando a coisa incomoda o poder público chega com violência e alguns vândalos se revelam.

Não estou aqui justificando os atos selvageria ocorridos nos protestos de todo o país, mas sim convidando as pessoas a pensar no real sentido da manifestação e no que a MAIORIA das pessoas que estão ali querem.


Você já viu alguma manifestação onde o povo sai de branco, num domingo, gritando por paz ou qualquer outra coisa dar certo?

É PRECISO INCOMODAR SIM! 

E quando falo em incomodar, não falo de destruir nada público ou privado, mas falo do trânsito da cidade.


De qualquer forma, em toda manifestação com muita gente é certo que se perde o controle da massa.

E é fato que muitas pessoas criminosas se aproveitaram da situação para destruir e causar todo tipo de prejuízo, porém por causa de alguns, TODOS são criminosos?

Será que isso faz de TODO O MOVIMENTO ilegítimo?

Além do mais, muita gente se revolta quando começa a ser coagida e tolhida em seu direito de se manifestar.

Saliento ainda que se trata TAMBÉM de uma manifestação que tem envolvimento de partidos como o PV e o PSOL e que por isso não tem apoio da mídia.

No mais, se os manifestantes conseguirem diminuir o preço das passagens as pessoas vão perceber o tamanho de sua força e ai nem governo, nem imprensa e nem ninguém segura o povo que deseja mudar muita as coisa nesse país. 
Afinal, existe motivação maior do que sentir o poder em suas mãos?


Pare, pense e tire VOCÊ suas próprias conclusões.



E se mesmo assim continuar achando que tudo isso é uma palhaçada, me diga: A solução qual é? É se omitir e não fazer nada?

28/05/2013

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UTILIDADE PÚBLICA!

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14/05/2013

Bolsa crack: Diga NÃO a ignorância social!


Todo mundo sabe que a dependência química é questão de saúde pública e que não tratar o problema só vai aumentar ainda mais os índices de criminalidade, o número de doentes físicos e mentais, a taxa de natalidade e toda sorte de problemas que esse tipo de doença traz.

Para tentar começar a combater os males trazidos pela dependência, foram criados centros de internação compulsória para abrigar e tratar pessoas atingidas pelo vício.

Além disso, agora o governo do Estado de São Paulo está em processo de implantação do Projeto Recomeço, que erroneamente vem sendo chamado pela imprensa de bolsa crack. 

Na verdade, este trabalho nada mais é do que uma forma do Estado assegurar que paciente 
que quiser se livrar da droga possa contar também com a ajuda da rede privada, se a pública não puder atendê-lo.


O valor pago neste convênio com as instituições privadas - devidamente credenciadas - será de R$ 1350,00 e nem os dependentes, nem sua família terão acesso a qualquer parte deste dinheiro.

O cartão enviado a família servirá apenas como uma maneira simples de atestar que seu familiar está em tratamento em determinada unidade.

Portanto, falar em "Bolsa Crack", além de uma MENTIRA, é um desserviço a uma população já tão carente de informação.


A pergunta que fica é: E se fosse seu filho?

Livro: Por um fio





Mais uma vez me curvo a sabedoria e sensibilidade de Drauzio Varella ao falar das desventuras vividas pelas pessoas com as quais teve o prazer de conviver.

"Por um fio" é um livro de relatos sobre suas experiências com pacientes terminais com câncer e AIDS, que tiveram suas vidas radicalmente modificadas pela instalação da doença.

Muitas vezes triste, o livro faz refletir sobre a importância da medicina verdadeiramente humanizada e de viver o presente, o afeto e as relações humanas de forma intensa e harmoniosa.

Obrigada Doutor, por compartilhar a beleza de aprender a lidar com as adversidades com tanta inteligência emocional.
Você é a personificação do talento e do amor a profissão.


Cidadão de respeito


Você sabe o que significa viver em um ESTADO LAICO?

Pois bem, viver em um Estado laico significa viver em um país ou nação que defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais.

Dito isto, podemos concluir então que vivemos em um país onde você tem o DIREITO de ser católico, espírita, evangélico, muçulmano, etc.
Porém, também quer dizer que você tem o DEVER de respeitar a linha que divide a igreja das questões sociais. Isto é, que você não deve usar a sua crença para justificar seu desacordo com inúmeras questões que não dizem respeito ao seu modo de vida.

É CONTRA O ABORTO?
NÃO ABORTE!

É CONTRA O CASAMENTO GAY?
NÃO CASE COM ALGUÉM DO MESMO SEXO!

É CONTRA O SEXO ANTES DO CASAMENTO?
NÃO TRANSE!

É CONTRA A CAMISINHA E OUTROS MEIOS CONTRACEPTIVOS?
NÃO USE!

Enfim, se você tem o DIREITO de viver e acreditar no que achar melhor, por que outra pessoa não pode fazer o mesmo?

09/05/2013

Crítica: Somos Tão Jovens


Ver um ídolo retratado na telona é também perder um pouco do encanto que ele exerce em nosso imaginário.

Ontem fui ao cinema ver o tão esperado "Somos Tão Jovens" e em meio a tantas coisas mal explicadas não pude deixar de observar que o astro da Legião Urbana tinha uma certa arrogância comum a grandes artistas como Cazuza, Elis Regina, Maysa e tantos outros. 

Na verdade, a decepção com a obra se deu justamente pela forma rasa com que a história foi mostrada, negligenciando o auge da banda, perdendo o foco em um número exagerado de personagens, deixando de lado alguns clássicos como "Pais e Filhos", "Meninos e Meninas" e "Quase Sem Querer" e desperdiçando um pouco do talento e da genialidade de Renato.

Além disso , uma tomada de câmera menos caótica poderia ter sido uma ótima alternativa para que os fãs pudessem saborear o que realmente Renato Russo e seus parceiros significaram para o rock nacional.

Faltou ritmo, emoção e aquele ponto onde o espectador perde o fôlego e se sente parte do filme.

De qualquer forma, há que se destacar a caracterização e interpretação do ator Thiago Mendonça, que conseguiu encontrar o ponto certo da voz e dos trejeitos do protagonista.

No mais, não se trata de um sucesso como "Cazuza - O Tempo Não Para", mas deu para matar um pouco da saudade e do jeitinho inconfundível de dançar que só Renato Russo tinha.

15/04/2013

Redução da maioridade penal? Reflita um pouco mais.


Jogar menores em uma cadeia com adultos já formados psicologicamente só vai ajudá-los a ficar ainda piores do que já são. Há que se ter uma politica governamental que realmente auxilie na ressocialização destas pessoas lá dentro e principalmente aqui fora.


Por que não obrigar a todos os que estão presos a aprender um ofício dentro da cadeia (com o salário revertido em ajuda às famílias e em melhorias dentro da própria cadeia)?

Porque não obrigá-los a estudar lá dentro? Isso não deveria ser opcional, deveria ser obrigatório, haja vista que a educação é a única forma de mudar as coisas.

Eis duas formas de punir. Força-los a fazer o que não quiseram ou não puderam aqui fora.

As coisas muitas vezes não são tão fáceis de resolver.
Quando se pensa em colocar um menor infrator numa cadeia comum se pensa apenas em mascarar o problema, tirar de perto de você e colocar onde ninguém possa ver.  Como esquecidos de uma sociedade hipócrita que finge não saber que um dia eles estarão de volta as ruas ainda piores.

Além disso, quanto mais se diminuir a maioridade penal, pessoas cada vez mais jovens serão cooptadas pelos crime. Nada muda! Hoje serão os de 16 anos, amanhã os de 12. E ai, faremos o que? Mataremos todos eles?

É preciso melhorar o sistema carcerário, as politicas públicas, a educação e a forma de lidar com os menores infratores e com os criminosos de forma geral.

Se livrar temporariamente do problema é que não resolve em nada a situação.

11/04/2013

Alô, RH!



POR FAVOR, se um dia você tiver uma empresa e resolver divulgar um anúncio de vaga de trabalho tenha o bom senso de colocar - PELO MENOS - qual o salário você está disposto a pagar, em que bairro fica sua linda empresa e qual a carga horária a pessoa deverá trabalhar.

É O MÍNIMO! 

Afinal, se você não quer perder seu tempo com candidatos que não se encaixem em seus padrões, os candidatos também não querem perder o tempo deles saindo de casa para ir a uma entrevista que eles não sabem sequer se vale a pena.

07/04/2013

A dor e a delícia de ser como é

O assunto homofobia me indigna tanto porque eu acho um absurdo alguém se achar no direito de usar de violência física, verbal e intelectual contra alguém ou de negar seus direitos, simplesmente pelo fato do outro ser como é.

Ninguém escolhe ser gay. Isso é CONDIÇÃO!
Sentir sua pele arrepiar, seu coração disparar, seus olhos brilharem e seu desejo despertar não é ensinado por ninguém, você sente isso por essa ou aquela pessoa e ponto. É tão simples!

Além disso, será q sofrer preconceito, apanhar na rua, ver gente olhando de rabo de olho e ser rejeitado pela família é a uma moda que alguém queira seguir?
Não! Definitivamente não acredito que isso seja uma simples escolha deles.

Eu não escolhi gostar de homens, eu simplesmente gosto.

Aliás, respeito e não me sinto no direito de questionar o modo de ser de ninguém, pois cada um é como é e eu só posso desejar que todos sejam felizes como eu também quero ser.
Se é ficando, namorando, casando ou seja lá como for, que seja! É um DIREITO de cada um poder viver do jeito que achar melhor.

Assim como o mundo evoluiu com relação aos direitos das mulheres, aos direitos dos negros, a legalização do divórcio e a volta democracia, espero que meus amigos e tantas outras pessoas possam nascer, crescer, casar e criar outros seres humanos de forma livre e normal.

Ahhh e para quem anda questionando o porquê de tanto estardalhaço em cima das declarações absurdas do tal Feliciano, só posso pedir que faça o exercício de imaginar que alguém que está numa comissão de DIREITOS HUMANOS se pronunciasse contra o SEU MODO DE SER, influenciando pessoas contra o seu modo de levar sua vida, dizendo que você é menor que as outras pessoas e proclamando que VOCÊ não é obra de Deus. Como você se sentiria?

Se colocar no lugar do outro é um exercício difícil, mas esclarecedor.

Pra terminar, só posso dizer que amo meus amigos gays assim como amo qualquer condição que venha de qualquer amigo. Respeito e empatia, simples assim!

03/03/2013

A síndrome dos 20 e tantos

 
Daí você está com 20 e poucos anos e então começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos e que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são ‘tão divertidas’, às vezes até lhe incomodam.

... Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.

O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça…

Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…

Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"

(Autor Desconhecido)
 
"Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo..."

 
E Salve Caetano!

28/02/2013

Da série: Pérolas do mundo corporativo


 
Há pouco mais de um mês saí do meu último trabalho e estou em busca de uma oportunidade de ter um salário decente, em uma atividade que me dê prazer em realizar e me ajude a crescer como pessoa e profissional.

No entanto, as coisas andam complicadas no reino dos absolutamente disponíveis no mercado...

Os sites de emprego parecem ser a última maravilha do mundo.
Vaga tem! Contudo, em meio a tantas oportunidades eu fico aqui pensando em como algumas empresas parecem estar despreparadas para lidar com seus candidatos e tentam pular etapas que são crucias na identificação de um perfil adequado a uma vaga.

Infelizmente uma grande quantidade de empresas faz perguntas, ainda durante a etapa de análise de currículo, que seriam perfeitamente cabíveis durante uma entrevista pessoal. Afinal, há questões que devem ser analisadas não somente pelo que é dito, mas sim em como isso é dito, pois é preciso ver o preparo da pessoa, a reação dela e muitas outras coisas que só o famoso tête-à-tête são capazes de decifrar.
Mesmo porquê, escrever e decorar é fácil. Difícil é ter desenvoltura e confiança na hora "H".

Seguem alguns exemplos:

"O que seu antigo chefe diria sobre você?"
"Descreva a última vez que você perdeu sua paciência no trabalho."
"Cite dois defeitos e duas qualidades suas e explique como você lida com os defeitos."
"Qual a sua disposição para trabalhos árduos? Exemplifique."

E por aí vai...

Para mim, entrevistas tem muito de saber como se expressar, cativar o interlocutor e principalmente de sentir o momento.

Se preparar é importante? Sim. Evidente!
Mas será que com esses processos de perguntas capciosas, que te eliminam sem sequer te dar a oportunidade de ser visto, as empresas não perdem em qualidade de mão de obra?

Será que poderia ser diferente caso estas perguntas fossem feitas pessoalmente?

13/02/2013

Mentiras sinceras me interessam

 
Ah o sincericído... Aquele delicado ato de contar verdades íntimas que têm potencial para causar um tsunami em seus relacionamentos pessoais.

Use com moderação!

26/01/2013

O Big Brother e a hipocrisia social

 
 
As redes sociais estão cheias de pessoas arrotando arrogância e se colocando como intelectualmente superiores porque não dão ibope para reality shows, o problema é que estas mesmas pessoas são aquelas que quando o pau tá quebrando na casa do vizinho abaixam o volume da tevê só pra ficar sabendo dos bafos ou ficam desfilando com um volume de Cinquenta Tons de Cinza e acham que fazem parte da minoria que lê de verdade nesse país.
Ai gente, desculpa, mas vamos parar de cagar regra!?
 
Aos queridos que vivem falando mal do Big Brother, mas que estão sempre por dentro de tudo o que acontece no programa, eu só posso dizer que sinto muito que vocês não tenham a coragem de assumir que gostam sim de espiar a vida alheia, coisa que aliás não conheço ninguém que não faça.
Facebook taí e não me deixa mentir.
 
Reafirmo aqui: GOSTO DE BIG BROTHER! Sempre gostei.
E gosto porque além de me entreter deliciosamente, o programa me traz reflexões a respeito de como as pessoas se comportam quando pressionadas, sabendo que estão sendo vigiadas, ávidas por aceitção e loucas por mudanças de vida - sejam elas proporciondas pelo dinheiro ou pela fama.
Sem falar sobre as noções sobre manipulação de massa e o poder da imagem.

Aliás, isso não te lembra um pouco como muita gente se comporta no trabalho? Ou será que aquela pessoa certinha, cheia de pontos positivos e que acata tudo de quem é o dono do poder é a mesma aqui fora, na vida real-social?

Ah... É possível fazer tantas analogias com esse programa.

Enfim, pra você que fala que o famoso BBB é um lixo televisivo, eu afirmo que talvez seja a hora de observar as coisas sobre outra ótica e ver que as relações e as reações das PESSOAS são muito mais complexas do que você talvez possa supor e que nem sempre a gente age da mesma forma em todas as situações, afinal hora se é mais ponderado (normalmente quando nos convém), hora se perde a linha e a vida envereda por caminhos não planejados.

Julgue se puder!

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E não, assistir o BBB não impede de ler bons livros, ver bons filmes ou de assistir documentários na Discovery.


Um brinde a democracia!