23/12/2011

Bola pra frente



Se vc precisa desenhar para alguém que está a fim dela é porque definitivamente esta pessoa não serve para você. Afinal, quem é que precisa de um asno como namorado?

Pode ser que seja cedo para desistir, mas é mais fácil agora que ainda não existem laços mais profundos, do que depois de mais tempo de envolvimento e amizade.

Aliás, como foi falado, às vezes as coisas acabam acontecendo sem o menor esforço.

18/12/2011

A história de uma idiota


Daí você encontra aquele cara especial, com o olhar mais doce e cheio de brilho que você já viu nos últimos tempos, que tem tudo a ver com você, que gosta das mesmas coisas e que tem um jeito que faz seu coração ficar cheio de esperança de que dessa vez pode ser diferente.

Tudo vai acontecendo com naturalidade, vocês vão contando coisas da vida um para o outro, vão se conhecendo, descobrindo afinidades e contando detalhes íntimos que não estão acostumados a contar para mais ninguém.

Quando você percebe, não para mais de pensar no tal cara, começa a fantasiar um mundo de coisas e não consegue se concentrar em mais nada.

Aí um dia você resolve bancar a engraçadinha e dizer que tem uma amiga gata e que vai apresentar para ele.

Pronto, está feita a merda toda! Ele resolve olhar tudo ao seu redor, menos você.

Resultado: Maaaaaaaaaais uma vez você passa como a amiga legal - que parece um outro cara - e que ainda serve de cupido para as conquistas do tal "fofo".

Depois ainda é obrigada a ouvir os elogios dele para outras mulheres e a lembrança de que você deve a apresentação da tal amiga para ele.

Agora diz aí, o que fazer depois disso?

02/12/2011

Encontrando o "Pode ser?"


Hoje eu tive uma certeza...
Escrever é um hobby e sempre foi imensamente prazeroso, mas agora sei que não é isso que eu desejo fazer para o resto dos meus dias.

Ok, explico!

Conforme havia postado estes dias, acabei de sair de uma empresa onde trabalhava numa redação, postando nas redes sociais e produzindo notas para um site. Até ai, tudo bem! Saí porque não curti inúmeras coisas e estava super confusa com relação a minha vocação.

Daí ontem fui chamada para uma entrevista em uma agência de comunicação e a vaga era justamente para trabalhar na redação. Só que desta vez o assunto era algo que eu conheço e gosto bastante e por isso resolvi aceitar para ver se o meu problema era aqueeeeeele trabalho que larguei, com todos os seus prós e contras, ou se o que eu não queria era ficar sentada, absorvendo conteúdo e colocando o que vejo em palavras.

Pois bem, relutei mas acabei indo hoje logo cedo fazer o teste, lááááá onde Judas perdeu as meias, só para ver qual era a minha.

Durante todo o processo estava tranquila, não travei, não fiquei nervosa, não tive vontade de sair correndo, nem nada. Mas ali, naquele lugar, senti que tudo aquilo me parece tedioso e que não tenho o menor tesão em continuar nesse caminho. Lá percebi que aquilo não faz o menor sentido pra mim.

Posso até mesmo ter uma certa habilidade com as palavras, mas não, não é isso que eu quero fazer!

Me lembro que uma vez, na faculdade, quando um professor disse que o jornalista não tinha autonomia e nem poder para mudar algo. Que ele era apenas o cara que relata as coisas, "bota a boca no mundo" e mostra onde estão os acontecimentos. Naquele mesmo dia senti que a minha função no mundo está muito além de mostrar o que vejo com palavras.

Mesmo assim resolvi continuar! Achei que era apenas medo de não dar certo na profissão. O resultado é que tentei... Tentei e descobri que gosto de pensar e botar em prática estratégias, de ser o agente transformador, aquele que faz a diferença.

Escrever, para mim, é diversão e acima de tudo requer inspiração. Já o meu negócio é botar a mão na massa e ficar nos bastidores, produzindo, vendo todas as etapas de um trabalho.

Não desvalorizo de forma alguma o trabalho do jornalista que escreve em assessorias ou redações, apenas sou diferente e agora vejo que meu caminho não é e nem será este.

Agora sinto que o que eu quero de verdade é estar no olho do furacão!

30/11/2011

De cara no muro



Pois é, não deu certo no trabalho em que eu estava! Uma pena, mas percebi que não adianta ficar lutando contra coisas que eu não tenho controle. Afinal, se em um mês de emprego novo você chora todos os dias e fica tremendo só de pensar em ir para o local de trabalho é porque alguma coisa não está nada bem.

Escrever sempre foi gostoso para mim, mas eu nunca tinha tentado fazer isso profissionalmente e o fato é que não adaptei ao local onde estava, às pessoas, ao assunto, ao mundo deles e principalmente a ter que escrever periodicamente - sem inspiração e sem sequer entender do que eu estava falando.

Não foi culpa de ninguém! O local era ótimo, o salário era legal para quem está começando, o ambiente era bonito, bem organizado - tinha até mais regalias que os lugares que a gente vê por ai, mas não rolou.

Foram inúmeros os fatores para eu não ter segurado a onda: falta do inglês fluente, o total desconhecimento daquele mundo de luxo e poder, a falta de ânimo para ler sobre algo que eu não gosto, ter me sentido excluída e ignorada pelas pessoas e claro, a falta de experiência na área.

Mas isso tudo, no final das contas, serviu pra que eu entendesse que minha praia é outra e que eu realmente não consigo fazer aquilo que eu não acredito.

Neste momento não consigo sequer imaginar o que vou fazer da minha vida, estou perdida, sem rumo, ansiosa e chateada, mas como eu sei que o mundo não vai parar até que eu consiga botar as coisas nos eixos, vou tentar fazer isso o mais breve possível.

BOLA PRA FRENTE!

22/11/2011

Falando sozinha

É... Talvez o tal do jornalismo não seja mesmo a minha vocação e eu esteja descobrindo isso um pouco tarde...Parece que os quatro anos passados na faculdade não valeram de nada e que não absorvi coisa alguma.

A sensação de se ver totalmente por fora de algo que preciso estar antenada é deprimente. É como se eu não servisse nem para interpretar bula de remédio.

Enquanto isso, a pressão de algumas pessoas é enorme! Alguns dizem que esta é uma oportunidade de ouro (Como se eu já não soubesse!), outros exclamam que se eu não aproveitar o que estou vivendo serei burra (Poxa, obrigada pela força!) e ainda há os que me chamam de covarde por ter medo e chorar como forma de desabafar minha desilusão. Porém, quem sabe a situação que estou vivendo de verdade SOU EU e só eu sei o quanto está sendo sofrido constatar o meu despreparo.

Enfim, tá uma merda só e a minha vontade é sair correndo e voltar a ser uma reles mortal sem bacharelado e cobrança alguma.

PS: Pelo menos o cara que me convidou para essa oportunidade é uma pessoa compreensiva e consegue ter o mínimo de noção de que não se trata de falta de vontade, mas sim medo e falta de experiência.

24/10/2011

Carrossel de Ilusões




Tem gente que gosta de aniversariar. Eu não!

Para mim, este sempre foi um dia de altas expectativas, sonhos de afeto, esperança de ser lembrada, de estar com quem gosto e é claro, um dia de ganhar presentes.

Porém, é neste dia que eu mais sinto a indiferença das pessoas, a falta de carinho verdadeiro, a frustração de ver o dia não ter nada de diferente para me trazer. Um dia normal, assim como tantos outros!

Às vezes - como hoje - nem bolo tem! Em outras, as palavras ditas - votos de felicidades - parecem vazias, cheia de lugares comuns, onde o que é dito nada tem de sentimento. Apenas robotizações do que sequer nos esforçamos em demonstrar. Um cumprimento de protocolo!

Num oposto do que se espera, talvez este seja o dia em que eu menos me sinto especial. Na verdade, o que consigo intuir é um pouco do quão patética posso ser, por acreditar que o "mundo" poderia dar uma paradinha e festejar, afinal é neste dia que se comemora o nascimento de uma pessoa que pode ter feito a diferença na vida de alguém.

Mas enfim, o fato é que as datas festivas nada mais são do que formas de expressar o quanto podemos ser vazios para nós mesmos e dispensáveis aos outros.

28/09/2011

A incoveniência dos que convivem




Na vida a gente conhece diversos tipos de pessoas.
Das grudentas às displicentes, das machistas às mal amadas, das super felizes às mal humoradas.
Porém, dentre todas, as que fazem a linha *Ronaldo Ésper, são as mais desagradáveis.

Estas criaturas parecem ter prazer em criticar tudo a sua volta, dando lições de moral e colocando defeitos em todas as expectativas e realizações dos que estão ao seu redor.
E, é claro, elas tem sempre aquele ar de deboche e superioridade.

Dos inúmeros exemplos a serem citados, temos:

- Aquele que ao responder uma dúvida vira os olhos e solta um risinho cínico, ao estilo **Valéria Vasques.

- Aquele que menospreza qualquer programa entre amigos por achar que não está em seu nível.

- Aquele que zomba de todas as religiões e opções alheias, mas sequer sabe o significado da palavra respeito.

- Aquele que comparece aos lugares, mas fica sempre com aquele ar "blasé", de quem reprova tudo e todos.

- Aquele que para qualquer assunto tem sempre uma crítica pseudo-intelectual, que obviamente, faz todo mundo perder o foco e ficar com cara de idiota.

- Aquele que fica te dizendo o que você pode ou não fazer, julgando seus atos e apontando os erros que ELE acha que você cometeu.

- Aquele que sempre vê o quanto os problemas DOS OUTROS são fáceis de resolver, mas que não consegue ao menos tomar as rédeas de sua própria vida.

Enfim, essas pessoas adoram dar uma agulhada nos outros, cutucar suas feridas e ficar espezinhando para ver até onde vai o limite alheio.

São os famosos politicamente corretos da vida. Aquele povo dono da verdade, que acha que sob seu comando o mundo seria um lugar infinitamente melhor e que lá no fundinho acredita que uma boa dose de totalitarismo faria bem a humanidade.

No final das contas, o que parece é que essas pobres almas precisam se auto afirmar o tempo todo, para que seu ego se infle de confiança e elas possam voltar a viver no mundo ilusório que criaram, onde os medíocres estão sempre a espera de uma sábia elucidação sua.










(*) Ronaldo Ésper: Estilista conhecido por desenhar vestidos de noivas e por fazer ácidas críticas sobre famosos num programa de TV.

(**) Valéria Vasques: Personagem, vivido pelo ator Rodrigo Sant'anna no programa Zorra Total, que faz pouco caso de quem acha inferior e faz questão de deixar claro o que pensa, de forma grotesca e esnobe.

05/09/2011

Iniciativa e Acabativa



Isto é um teste de personalidade que poderá alterar a sua vida. Portanto, preste muita atenção.

Iniciativa é a capacidade que todos nós temos de criar, iniciar projetos e conceber novas idéias.
Algumas pessoas têm muita iniciativa e outras têm pouca.

Acabativa, é um neologismo que significa a capacidade que algumas pessoas possuem de terminar aquilo que iniciaram ou concluir o que outros começaram. É a capacidade de colocar em prática uma idéia e levá-la até o fim.

Os seres humanos podem ser divididos em três grupos, dependendo do grau de iniciativa e acabativa de cada um: os empreendedores, os iniciativos e os acabativos - sem contar os burocratas.

* Empreendedores são aqueles que têm iniciativa e acabativa. Um seleto grupo que não se contenta em ficar na idéia e vai a campo implantá-la.

* Iniciativos são criativos, têm mil idéias, mas abominam a rotina necessária para colocá-las em prática. São filósofos, cientistas, professores, intelectuais e a maioria dos economistas. São famosas as histórias de economistas que nunca assinaram uma promissória. Acabativa é o ponto fraco desse grupo.

* Acabativos são aqueles que gostam de implantar projetos. Sua atenção vai mais para o detalhe do que para a teoria. Não se preocupam com o imenso tédio da repetição do dia-a-dia e não desanimam com as inúmeras frustrações da implantação. Nesse grupo está a maioria dos executivos, empresários, administradores e engenheiros.

Essa singela classificação explica muitas das contradições do mundo moderno.

Empresários descobrem rapidamente que ficar implantando suas próprias idéias é coisa de empreendedor egoísta. Limita o crescimento. Existem mais pessoas com excelentes idéias do que pessoas capazes de implantá-las. É por isso que empresários ficam ricos e intelectuais, professores - entre os quais me incluo - morrem pobres.

Se Bill Gates tivesse se restringido a implantar suas próprias idéias teria parado no Visual Basic. Ele fez fortuna porque foi hábil em implantar as idéias dos outros -dizem as más línguas que até copiou algumas.

Essa classificação explica porque intelectual normalmente odeia empresário, e vice-versa. Há uma enorme injustiça na medida em que os lucros fluem para quem implantou uma idéia, e não para quem a teve. Uma idéia somente no papel é letra morta, inútil para a sociedade como um todo.

Um dos problemas do Brasil é justamente a eterna predominância, em cargos de ministérios, de professores brilhantes e com iniciativa, mas com pouca ou nenhuma acabativa. Para o Brasil começar a dar certo, precisamos procurar valorizar mais os brasileiros com a capacidade de implantar nossas idéias. Tendemos a encarar o acabativo, o administrador, o executivo, o empresário como sendo parte do problema, quando na realidade eles são parte da solução.

Iniciativo almeja ser famoso, acabativo quer ser útil.

Mas a verdade é que a maioria dos intelectuais e iniciativos não tem o estômago para devotar uma vida inteira para fazer dia após dia, digamos bicicletas. O iniciativo vive mudando, testando, procurando coisas novas, e acaba tendo uma vida muito mais rica, mesmo que seja menos rentável.

Por isso, a esquerda intelectual e a direita neoliberal conviverão as turras, quando deveriam unir-se.

Se você tem iniciativa mas não tem acabativa, faça correndo um curso de administração ou tenha como sócio um acabativo. Há um ditado chinês, "Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe" - muito apropriado para os dias de hoje.

Se você tem acabativa mas não tem iniciativa, faça um curso de criatividade, estude um pouco de teoria. Empresário que se vangloria de nunca ter estudado não serve de modelo. No fundo, a esquerda precisa da acabativa da direita, e a direita precisa das iniciativas da esquerda. Finalmente, se você não tem iniciativa nem tampouco acabativa, só podemos lhe dizer uma coisa: meus pêsames.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

(Editora Abril, Revista Veja, edição 1572, ano 31, nº 45, 11 de novembro de 1998, página 22)

Construindo laços



Existem momentos na vida que tudo que desejamos é sermos bem aceitos, benquistos, quiçá admirados. Contudo, é exatamente nesses momentos que o bom senso deve prevalecer e nos ajudar a policiar nossas atitudes para não nos tornarmos inconvenientes.

Imagine a seguinte situação:

Você acaba de iniciar um romance com um homem que é a sua cara. Tem os mesmos gostos, é divertido, vocês batem aquele papo gostoso, se dão bem fisicamente... Enfim, é por ele que você anda flutuando.
Daí, um dia ele te leva para um programa com os amigos dele pela primeira vez, e você, na ânsia de promover sua simpatia, charme e beleza, enfia o pé na jaca e já chega dançando, chamando todo mundo por apelidinhos, contando mil histórias, se intrometendo nas conversas, pegando, cutucando e abraçando geral e, é claro, marcando território e dando foras em todas as mulheres amigas do cara.
Pronto! Está feita a imagem de louca, espalhafatosa e chata mediante a galera do cara.

Afinal, intimidade é coisa que se conquista com o tempo. Não adianta forçar!
Do contrário fica "over" e pode ser extremamente constrangedor.

Outra situação é aquela em que tentando ser engraçados, passamos dos limites.
Tal como quando seu amigo acaba de terminar um casamento, está extremamente fragilizado e mal pode ouvir falar em relacionamentos amorosos que já descamba a chorar.
Então você, do alto de sua sabedoria humorística, resolve lançar piadinhas sobre as agruras do casamento ou ficar relembrando de fatos que marcaram a vida dele com a ex.
Não satisfeito com as gafes, você resolve convidá-lo para sair de casa, a fim de se divertir um pouco, distrair a cabeça e relaxar. Mas você, o espertão, o convida para um jantar na casa de amigos onde todos os demais estarão acompanhados e devidamente apaixonados.
Parabéns! Você acaba de ser promovido a idiota tamanho família.

Ok! Você falou e fez o que fez no intuito de levantar a bola de seu amigo, mas será que em algum momento pensou que, aos olhos dele, suas atitudes poderiam denotar que você não tem o mínimo de solidariedade, de noção de amizade e de senso crítico?

Na realidade, seja qual for o laço que tivermos com alguém, é preciso um certo distanciamento, no sentido de perceber até onde podemos ir. Afinal, nem todo mundo gosta de gente hiper-mega-power animada ou de gente que fala e faz coisas sem se preocupar com os sentimentos alheios.

16/08/2011

Panos de chão




Hoje novamente assistindo às novelas, me peguei pensando no quanto alguns homens tem sido retratados como vilões, cheios de interesses, praticidade e falta de escrúpulos.

Em contrapartida, o sexo feminino vem sendo mostrado como se fossemos todas tolas, vulneráveis, sentimentais e solitárias. Em suma, um prato cheio para aproveitadores cheios de lábia e malemolência.

Numa das cenas, assisti estupefada uma mulher de sabe-se lá quantos anos, afirmando que para ser alguém de verdade, nós devemos nos sujeitar a tirania masculina (não necessariamente a física), para aplacar a solidão que por vezes nos faz sentir o pior dos seres vivos ou simplesmente para seguir mantendo as aparências e o mínimo de respeito.

Quem são estas pessoas? Sobrevivem de migalhas por não suportar a falta de alguém? É isso?

Será mesmo que na vida real somos esse bando de carentes levadas no bico, por gente mal caráter e sem capacidade de sentir afeto?

#MEDO

E vc, acredita que as novelas têm exibido um retrato fiel da realidade?

06/08/2011

A mexicanização da namoradinha do Brasil



Há tempos tenho observado o modo histérico com que algumas mulheres são retratadas em nossa teledramaturgia, contudo de algumas novelas para cá a incidência desse tipo de personagem vem se tornando tão frequente que chego me irritar com a quantidade de ilustres desequilibradas, ansiosas e impulsivas.

No momento, o que mais me intriga é por que cargas d´água a Regina Duarte precisa tanto fazer caras, bocas, gestos e trejeitos? Será que já não basta o ridículo torcicolo que a faz pender a cabeça toda vez que algo não vai bem com a personagem que está interpretando?

Nossa! É impossível assistir à novela "O Astro" sem se irritar com a maneira charlatanesca com a Regina vem conduzindo sua personagem.
É um tal de fechar os olhos e fazer aquela cara de louca quando está com raiva, torcer o pescoço para parecer magoadinha, ou ainda andar se esgueirando feito uma cobra para mostrar superioridade sobre outros personagens.

Isso faz parte mesmo da interpretação?
O que me parece é que há várias novelas vejo sempre a mesma personagem, com apenas nomes trocados.

Cadê aquele talento de só pelo olhar mostrar todo ódio que sente ou ainda mostrar irritação e descontrole sem fazer biquinho ou encher as bochechas de ar?

Fico aqui pensando, será que antigamente o nível de atuação memorável era esse ou hoje nós é que estamos acostumados com uma padrão onde as sutilezas são mais apreciadas do que a enorme falta de delicadeza da tal namoradinha do Brasil?

Parece atriz de novela mexicana, com aqueles dramas enoooooooormes e suas "canastrices" peculiares.

Talvez uma solução viável para a intérprete de Clô Hayalla seja viver uma grande e inescrupulosa vilã em outro folhetim. Com direito à dureza de postura e menos melodramas "Helenísticos".

23/07/2011

A partida de Amy mostra a cara do que não queremos ver



Triste!
A morte de Amy Winehouse reabriu em mim a chaga pulsante da dor por aqueles que sucumbem à droga. A maldita DROGA!

Que sensação horrível de impotência, de que mais uma vez perdemos.
Porque sim, todos perdemos! Perdemos uma cantora maravilhosa, uma mulher interessante, um talento esplendoroso e acima disso tudo: Um ser humano carente e generoso, que foi tragado pela maldição do vício.

A penosa sensação a que me refiro é a de que até quando viveremos nesse inferno e quantos outros seres humanos ainda se perderão?

Desejo sinceramente que este triste desfecho sirva de exemplo a pelo menos um viciado. Que ele pare e realmente pense sobre o que está fazendo de sua vida.

Já aos que sorriem e dizem: "Ah, já foi. Esquece!", só posso dizer que antes de jogar pedras e fazer escárnio do triste destino de Amy e tantos outros que se foram por conta das drogas, seria interessante refletir sobre o poder do vício na vida das pessoas, pois, muita gente acha que viciado é um vagabundo, sem noção, que na tentativa de aparecer acaba se perdendo. Mas a coisa é muito mais complicada do que parece...

Quantas vezes, ao nos depararmos com alguém que nos balança o coração não nos deixamos levar pela idéia de que "com a gente vai ser diferente", mesmo sabendo que a pessoa em questão é um(a) canalha de marca maior?

Afinal, quem entra numa cilada sabe onde está se metendo, mas mesmo assim insiste. Não para morrer, mas talvez para fugir de coisas com as quais não sabe lidar. Como a carência, por exemplo!

Para mim, as drogas são como paixões transloucadas. No começo levam aos céus, mas com o passar do tempo, trazem muitos dissabores.
Triste saber que nesse caminho a volta por cima se torna tão difícil.

Afinal, excessos serão sempre excessos!

14/07/2011

Cuidando da vida alheia



Para quem me conhece e sabe a maneira que penso, pode parecer incoerente o que vou dizer neste post, mas sim eu tô de saco cheio de tanto holofote em cima da diversidade sexual existente entre as pessoas!

Ok! Concordo, respeito e assino embaixo de que todas as formas de amor são válidas, mas será mesmo que ficar falando o tempo todo sobre o mesmo assunto vai fazer com que as pessoas que discordam passem a aceitar e colocar em prática a tolerância?

É um tal de quantos homossexuais a novela atual tem, polêmica e luzes sobre as declarações homofóbicas de um ou outro ignorante, transsexualidade - sem o mínimo contexto - em BBB, discussão em programa de auditório sobre o acréscimo de mais uma letra à sigla LGBTTS (Agora temos a letra "I" na sigla, que fica LGBTTIS)...
Enfim são tantas as menções à sexualidade alheia que eu me sinto quase que como expectadora da vida privada de todo mundo.

Agora me diga: PARA QUE EU PRECISO SABER SE FULANO GOSTA DE TRANSAR COM MENINOS, MENINAS, TRAVESTIS, TRANSEX E TODA A PLURALIDADE SEXUAL DO MUNDO?

Será mesmo que esfregar na cara das pessoas que o homossexual é um ser humano como outro qualquer, vai fazer com que sejam aceitos como tal?

Não seria tão mais fácil a conscientização natural, isto é, as coisas serem mostradas como qualquer outra realidade que vivemos no dia a dia, sem afetações, babados, confusões e gritarias?

Afinal, quando vc se apresenta para alguém vc diz: Oi, meu nome é Fulana, tenho 30 anos e gosto de sexo selvagem com meninos bem dotados?
Acho que não...

O que parece é que o mundo tem ficado pequeno demais para tanta gente querendo cuidar da vida alheia e que a cada dia as pessoas tem se importado cada vez menos com questões da sua própria vida, ou em como resolver problemas sociais realmente importantes.

Minha crítica, de forma nenhuma, reclama dos direitos adquiridos pelos homossexuais. Muito pelo contrário! O que comento aqui é sobre o excesso de exposição a que as pessoas estão sendo levadas, pois não acredito que ficar levantando insistentemente uma bandeira em favor de algo que se é vai mudar o pensamento de gente intolerante e irracional.

Não sei, mas começo a crer que o excesso de exposição sobre a a vida sexual - em especial a dos gays - tem trazido mais dissabores do que benefícios, pois ao discutirmos somente as preferências sexuais, em detrimento das idéias das PESSOAS, voltaremos ao estágio primitivo, onde praticar sexo era mais obrigação do que prazer.

Todo excesso faz mal!
E mendigar o direito de ser igual, faz de qualquer minoria um esteriótipo de si mesma.

27/06/2011

De Pernas Para o Ar - O filme



Neste feriadão aproveitei para curtir os amigos e assistir alguns filmes que eu já estava namorando faz tempo.

Bom, falarei hoje sobre o filme "De Pernas Para o Ar".
Uma comédia que mostra as inseguranças, os dissabores, as descobertas e outras tantas questões que envolvem o mundo das mulheres modernas.

O foco da película está no valor que algumas mulheres dão ao lado profissional, em detrimento de sua vida social e pessoal.
E é exatamente neste ponto que a produção cumpre bem sua função, pois deixa evidente, entre as tantas dúvidas da protagonista Alice (vivida pela atriz Ingrid Guimarães) que não basta tentar ser perfeita no mundo corporativo, enquanto sua vida fora do trabalho está abandonada, seu filho te vê quase como uma estranha e seu casamento está a beira da falência devido a falta de diálogo, companheirismo e é claro, sexo.

Por outro lado, as situações engraçadas do filme passam bem aquém do que se espera, pois os diálogos um tanto clichês, os tombos milimetricamente trabalhados, o excesso de piadas com brinquedos sexuais e um certo exagero nas caras e bocas, o tornam um tanto previsível e fraco em termos de humor.

A sensação que ficou foi a de que algo faltou, que as atuações poderiam ter sido um pouco menos afetadas e mais eficientes no fazer rir.

Típicas comédias americanas talvez não sejam o forte do nosso cinema nacional.
Quem sabe o humor inteligente e sagaz, como no filme Divã, seja mais o nosso tom de comédia?

25/06/2011

Dormir é para os fracos



Tem um monte de coisas que eu odeio, contudo uma coisa que posso afirmar sem sombra NENHUMA de dúvida, é que a gastrite atacando no meio da madrugada é uma das que mais me irritam.

Daí que não posso tomar bebidas alcoólicas, chás, café e muito menos coca-cola.
Não posso comer bobagens gordurosas, frutas ácidas, salsicha, salame, nem nada com massa de tomate.
Não posso fumar, tomar antiinflamatórios, temperar minhas saladinhas com limão e muito menos ingerir algo que provoque qualquer tipo de acidez estomacal.

Resumindo, MORRI!

20/06/2011

E volta o cão arrependido...




É, eu voltei para a academia!
Depois de alguns anos parada e uns 35 quilos a mais do que deveria, percebi que não dá mais para adiar, que ficar tomando remédio contra obesidade (sem auxílio de atividade física) não me ajudou em nada, visto que tudo que perdi acabei ganhando de novo e que o peso em excesso tem tornado minha vida bem mais difícil do que deveria.

Agora, o que ainda não consigo é dizer: "Noooossa, como ir à academia me faz bem, dá prazer... - e todo aquele blá blá blá tão conhecido dos marombeiros de plantão.".

Não! Para mim, ainda é um sacrifício ficar andando 30 minutos naquela bendita esteira, levantando peso para pernas, braços, costas, peito... E saber que mesmo depois de toda dor, ainda não consegui perder um mísero quilinho.

Aliás, algumas coisas me intrigam, como o fato de eu nunca saber se estou fazendo os exercícios corretamente, se a velocidade da caminhada na esteira está correta para o meu objetivo e por que diabos aquele banquinho da bicicleta ergométrica é tão ruim?

Por mais que lá exista um instrutor que me dá as noções básicas de como fazer cada atividade, ainda fico cheia de dúvidas, pois ele diz como faz, vira as costas e vai ensinar outro aluno. Ele não me acompanha em pelo menos uma bendita série e eu, como novata que sou, fico perdidinha da silva.

Ok, ok! Você pode estar ai pensando: "Mas por que cargas d´àgua esta mulher não pede ao instrutor que a acompanhe nas atividades?", e eu te respondo: "Porque simplesmente ele está sozinho para atender uns 20 alunos, ele não é meu personal trainer e sim, eu tenho vergonha de ficar pedindo ajuda e ele me olhar com aquela cara de quem me acha uma anta!".

O fato é que eu estou me obrigando a fazer atividade física (Coisa que não gosto!), com exercícios aeróbicos e de musculação (Que eu acho chaaaaatos!), num lugar que ainda me sinto insegura, sem saber o que estou fazendo e que não tenho a menor esperança de conseguir chegar ao meu objetivo.

E o que torna tudo isso mais "engraçado" é que semana passada, mesmo tendo sido minha primeira semana, faltei dois dias, senti uma tremenda dor na consciência e até uma certa falta de fazer, pelo menos, a esteira.

Daí fico pensando: "Insisto nesta tentativa de melhorar minha vida ou chuto o balde e assumo que não tenho força de vontade para ficar me matando de andar e puxar peso?".

26/05/2011

Uma pergunta

Por que é que eu tenho que ter todas as respostas?

17/05/2011

Beleza para cama, mesa, banho e "otras cositas mas"



Estava vendo o dvd da Ivete Sangalo no Madison Square Garden e me deparei com a bela imagem de Seu Jorge vestido num elegante terno cinza, com um óculos daqueles bem estilosos e pensei: "Taí, eu pegava!".
Nesse momento então, me lembrei do quanto já considerei ele, digamos que, estranho.

Refletindo sobre isso pensei em quantas vezes a gente olha uma pessoa e num primeiro momento, fala: "Oh coisa feia!".
Pode até parecer um tanto pretencioso rotular os outros como feios ou bonitos, mas o mais impressionante é perceber como uma roupa, um gesto, um gingado, uma voz, uma atitude ou uma característica pessoal qualquer pode transformar completamente nossa percepção e nos fazer olhar alguém com outros olhos.

Muito já foi pesquisado sobre os poderes afrodisíacos da simpatia, do charme, do caráter ou da forma de olhar das pessoas e a cada dia mais eu constato que sim, uma pessoa que não se enquadra em nossos estereótipos de beleza, pode se tornar atraente com o passar do tempo ou com uma segunda chance de observação.

No final das contas, a gente se produz, compra roupa nova, faz de tudo pra ganhar dinheiro, dá uma bela cruzada de pernas... e uma coisinha simples, como um olhar ou o jeito diferente de dançar, acaba atraindo e conquistando as pessoas ao nosso redor.

E vc, sabe o que te faz encantar as pessoas?

11/05/2011

Ainda sobre o uso das palavras

Após alguns dias pensando sobre o que escrevi no texto sobre a banalização de termos da saúde mental, me veio à cabeça que algumas pessoas podem confundir meu ponto de vista com falta de comprometimento em analisar as queixas alheias. Como se eu achasse que todo mundo que reclama ou pede ajuda é leviano.
Contudo, o que critico é o uso indiscriminado das palavras para designar uma situação.

Durante quatros anos de faculdade fui chamada a observar o poder que uma palavra mal colocada pode ter sobre qualquer situação, daí que há dois anos trabalhando como Agente Comunitária de Saúde percebi que além da mídia, muitas pessoas - pacientes e profissionais da área - fazem mau uso das palavras e com isso podem estigmatizar alguém pelo "simples" fato de ter usado a palavra errada, na situação errada.

Acredito que podemos e devemos sim ter condescendência com aqueles que falam coisas por não saber se colocar de outra forma. O que não podemos é nos furtar ao dever de esclarecer ao outro aquilo que sabemos, pois só assim será possível ajudá-lo a aprender a se colocar melhor e evoluir culturalmente.

04/05/2011

Palavra e Poder: Vc sabe usar?




Às vezes fico pensando no quanto alguns termos, inicialmente utilizados apenas por profissionais de saúde mental, estão sendo colocados de forma leviana.

É tão banal hoje em dia se falar em depressão a qualquer sinal de tristeza ou descontentamento, reclamar de uma suposta bipolaridade quando alguém tem oscilações de humor, dizer que uma criança sofre bullying ao menor sinal de um "chato, feio, bobo" ou até mesmo associar um fato criminoso como obra de um psicopata.

Na verdade, o que não se discute é como alguém que não estudou ou tentou se aprofundar num assunto tão complexo quanto a saúde mental, enquanto desfila seu repertório de "diagnósticos" equivocados, pode acrescentar algo de novo ou realmente ajudar o indivíduo que está em sofrimento.

É uma temeridade observar que a sociedade, com o advento da internet, tenha intensificado os "achismos" e feito de qualquer diferença uma doença, que precisa de cura ou tratamento.

Além disso, é impressionante ver também que a qualquer sinal de conflito são indicados psiquiatras ou psicólogos para "resolver" os problemas que não conseguimos solucionar, como se o profissional pudesse ter o poder de descobrir a fórmula mágica que dará fim a qualquer adversidade cotidiana ou como se o uso de remédios e psicoterapia, por si só, seja capaz de solucionar as mazelas individuais e coletivas.

Há que se conscientizar - e isso eu ainda não sei como fazer - sobre o empoderamento e a responsabilidadede de cada um sobre o que o cerca e suas ações, que com certeza, despertarão reações e consequências.


Suzana Matias

03/04/2011

O sublime direito a diferença


Inicio este texto com dois trechos da matéria "Preconceito - o meu, o seu, o nosso", publicada neste mês na revista Claudia.

"Sim, eu tenho preconceitos. E você também.
É difícil aceitar que somos politicamente incorretos e que em algum nível há uma intolerância gratuita que insistimos em cultivar. "Não há ninguém sem preconceitos, e a pior armadilha é imaginar que você não tem", diz o filósofo Mario Sergio Cortella. Na visão dele, agimos mal toda vez que rejeitamos uma ideia apressadamente ou aderimos a ela sem antes conhecê-la de fato.
Duas grandes força estão por trás disso: a fragilidade de raciocínio e a arrogância tola, que não compreende a diversidade humana."

"Cortella acredita ainda que, a vida é feita de escolhas e assim, sempre haverá julgamento. " MAS, O JULGAMENTO PRECISA SER EMBASADO EM CRÍTICA. OLHAR O OUTRO BASEADO NO ESTERIÓTIPO REVELA COMODISMO, PREGUIÇA DE PENSAR E IMPEDE QUE SEJAMOS SURPREENDIDOS PELAS VANTAGENS DA DIFERENÇA."


Depois de ler a matéria fiquei pensando sobre o tema e concluí que o que me surpreende é que muitas pessoas não percebem que mascarar ou camuflar o preconceito é completamente diferente de inibir a exposição do que há de pior em nós, A INTOLERÂNCIA A DIFERENÇA.

Por isso, muitos dos que defendem a exposição agressiva do seu modo de pensar dizem que aqueles que tentam manter o bom senso e renegam seus piores instintos, são hipócritas. Porém, estes mesmos se esquecem que todos temos o dever de utilizar a prudência ao expor nossos sentimentos e que os que consideramos diferentes são seres humanos e que como tal merecemos respeito e direito a dignidade.

Além disso, é interessante perceber que ao falar sobre preconceito sejamos remetidos, quase que imediatamente, a homofobia ou ao preconceito racial. O que faz com que as discussões sejam rasas e altamente ligadas a crenças antigas, a religiões e ao senso comum onde as "leis" da sociedade se sobressaem ao direito individual de cada cidadão.

O importante em toda essa reflexão é entender que ninguém gosta de ser discriminado, rebaixado e menosprezado pelo outro, por ser MULHER, GORDO, MAGRO, CATÓLICO, ESPÍRITA, EVANGÉLICO, MUÇULMANO, HOMOSSEXUAL, JUDEU, DOENTE MENTAL, FEIO, BONITO, ÍNDIO, ANALFABETO, MORADOR DE FAVELA OU CIDADÃO DO TERCEIRO MUNDO.

Falando nisso, em qual dessas minorias você se encaixa?


Suzana Matias

31/03/2011

Insensata audiência



A critica especializada e a própria audiência tem mostrado que Insensato Coração não está sendo uma grata surpresa no horário nobre Global, com sua falta de dramas convincentes, protagonistas de peso e personagens instigantes.
Analisando um pouco mais profundamente, me pergunto: Será que não estamos esperando algo com uma carga dramát...ica além do que se tem mostrado e criticado tanto em outros programas de TV?

Há muito se discute a importância da realidade social ser retratada nas novelas, mas incoerentes que somos, queremos ver barracos, traições, paixões avassaladoras e uma infinidade de grandes tragédias do cotidiano.
O que se esquece é que a vida não é feita apenas de emoções fortes ou que nem sempre o dia a dia é cheio de momentos de puro glamour.
Assim como nos cafés da manhã em família, nas burocráticas salas de trabalho, nos bate-papos de filas de banco, nas incertezas das relações e na falta de afeto ao outro, nossos dias muitas vezes passam despercebidos, com aquele que é terror dos tempos atuais, O TÉDIO.

(Ninguém quer perder tempo! É tudo "junto e misturado" e "neste momento agora". O negócio é estar antenado, atualizado, na vibe... em movimento.)

Contudo, alguns argumentam: "Mas novela é ficcção e entretenimento e como tal, deve nos distrair do monotonia diária..." e é ai que entra a incoerência, pois quando mostram-se as tão pedidas cenas de sexo, nudez, violência (física ou verbal) e tantos outros tabus, esses mesmos que querem se divertir, são os primeiros a criticar e defender a moral e a civilidade.

Agora me diga, será mesmo que a novela está monótona ou a audiência é que anda indecisa e um tanto controversa em seus desejos?

29/03/2011

Àquela...



Absolutamente "Mariada" pela doçura e encantamento de Maria. Aquela que pode ser o maior dos pesadelos femininos, mas que também soube ser a marca da beleza, da paixão pela liberdade de SER e da contradição de sentimentos que só uma mulher pode viver.

PS: Amei rir com Daniel, mas infelizmente ele não soube ter inteligência emocional e tato para ser fiel àquela que sempre o apoiou.

E nessa dança das cadeiras do grande vencedor, venceu aquela que jogou (sim, ela jogou muiiiiiito!) sem passar por cima, sem maldizer e sem trair NENHUM aliado.

VIVA MARIA!
VIVA A FORÇA DA MULHER INDEPENDENTE, SEGURA DE SEU PODER DE SEDUÇÃO E AMIGA DE VERDADE!


"Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta

Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas agüenta

Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonhos sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida"

(Elis Regina)

27/03/2011

Aprendendo a jogar



Pela primeira vez em uma final de BBB me sinto dividida...

São os meus campeões: A doçura inconsequente de Daniel, a falta de pudor de Maria e a educação de Wesley.

Tentando explicar, posso dizer que minha torcida se divide por:

Daniel
Meu veneno antimonotonia durante as madrugadas de festas, com seus porres homéricos, suas trapalhadas desastradas, seu despojamento em se jogar nas situações, por me fazer rir de suas tiradas cheias de time e pitadas de humor negro, por seu poder de observação e por representar exatamente o mínimo que se espera de um reality show como o BBB, o entretenimento, a diversão.

Maria
Foi a grande protagonista do show, mostrando suas fragilidades, esfregando na cara de todos o quanto o ser humano pode ser passional, desequilibrado e sem noção quando se apaixona.
Perdendo a linha e o respeito a si própria e com isso me deixando louca da vida - talvez por perceber que muitas vezes já fiz burradas e me humilhei por uma paixão que não merecia uma lágrima sequer dos meus olhos - para em seguida me matar de orgulho e ser forte quando, mesmo bebada, enxergava o jogo feio que seu pseudo amor estava fazendo.
E então, quando eu achava que tudo estava se acertando, lá vinha ela me fazer odiá-la por ficar pedindo e ouvindo mil opiniões e segundos depois ir lá e fazer tudinho o que tinham dito para ela NÃO fazer.
Maria, é o retrato das noites em que bebadas ligamos para nossa paixão por absoltamente nada, apenas para ouvir aquela voz e para, mais uma vez, ser rejeitada em plena madrugada.

Wesley
Ah Wesley... O mocinho educado, gentil, de bom papo, que dá carinho, que ri das nossas maiores tolices, que acha bonitinho quando ficamos bravas, que se preocupa com nossas imensas ressacas e cuida... Cuida sem julgar, sem dar sermão, sem ser o controlador de nossos passos, sem manipular nossos desejos e nem regular nossas mini-saias.
Ai Wesley... Vc conseguiu representar muito bem o papel do príncipe encantado. Sim, aquele príncipe encantado que mesmo sabendo de um possível passado negro de sua amada, aceita, acolhe e a faz assim, feminina, protegida e especial.

Agora eu me pergunto: COMO ASSIM, BIAL?

Acho que preciso aprender a jogar, a torcer, a amar...

15/03/2011

Evolução da espécie... Será?



Eu ainda me choco com gente preconceituosa e intolerante às preferências sexuais alheias! Povinho mais atrasado, viu!?

Definitivamente: NÃO É PQ ALGUÉM TEM GOSTOS SEXUAIS DIFERENTES DOS SEUS QUE VC PODE APONTAR O DEDO, XINGAR, HUMILHAR E DESRESPEITAR O OUTRO!

O mais engraçado é que NINGUÉM sabe o que seu semelhante gosta na cama, até ir lá e provar, mas na hora de discriminar um homossexual, neguinho nem se lembra que tem gente que gosta de xixi na cara, de lamber fezes, de chamar e ser chamada dos piores palavrões, de apanhar, de bater e de uma infinidade de coisas que são muito PARTICULARES. Assim como o FATO de gostar de meninos ou meninas!

Se enxerguem e parem de pensar no que OS OUTROS vão pensar, pois não se criam filhos para serem julgados, mas sim amados!

Odeio quem, com a desculpa de te amar, te diz que é errado justamente AMAR!

NÃO, NÃO E NÃOOOOOOOOO A IGNORÂNCIA!
SIM, SIM E SIMMMMMMM AO APOIO EMOCIONAL, AO CARINHO, A COMPREENSÃO E AO AMOR AS DIFERENÇAS!

05/03/2011

O preço da sedução


Bruna Surfistinha é daqueles filmes em que vc vai assistir desacreditando da qualidade e sai pensando em quanto o pré-conceito foi descabido e o filme surpreendente.

A interpretação de Deborah Secco me transmitiu inicialmente, aquele olhar amendrontado e curioso de menina da Raquel, depois a mudança para o ar desafiador de quem sabe o que quer, passando pela inércia do fundo do poço nas drogas e o brilho da esperança e coragem do recomeço.

Gostei muito do que vi! Uma história densa, intrigante, intensa, que seduz, faz pensar e questionar as escolhas de cada pessoa e o preço que se paga pelas situações que vivemos, pelas situações em que nos colocamos e quais as perdas e ganhos do que a gente se dispõe a fazer para mudar e "ser" livre.

O filme me chocou em alguns momentos, mas na maioria do tempo percebi o quanto há de força, inteligência e personalidade naquela mulher.
O quanto a vontade de SER a faz determinada em transformar suas inseguranças em garra e acreditar que consegue. Mesmo nos momentos mais dolorosos, como quando arrasada pelas drogas vê sua vida ruir, seu status despencar e mesmo assim decide continuar e reconstruir tudo para, mais uma vez, mudar de vida.

Não! Eu não faço apologia a trajetória de vida da Raquel, mas sim a capacidade dela em perceber que a gente sempre pode recomeçar.

Ahhh, contém cenas fortes de sexo, mas que em nenhum momento constrangem por serem APENAS cenas de sexo, mas sim pela idéia de se imaginar na situação onde muitas coisas, dentre elas o dinheiro, se sobressaem aos desejos de Raquel, a pessoa.


RECOMENDO! O filme e o desprendimento de assitir sem preconceitos...

19/01/2011

Transexualismo, BBB e Preconceitos



Engraçado perceber como um simples programa de televisão, como o Big Brother Brasil, é capaz de entreter e também levantar questões que podem e devem ser discutidas em sociedade, pois SIM é preciso esclarecer, ensinar e só assim, quebrar os pré-conceitos existentes contra o novo, o diferente.
Nos videos abaixo, um documentário da TV americana, mostra como vivem, o que sentem e como se comportam crianças com o chamado: TRANSTORNO DE IDENTIDADE E GÊNERO, mais conhecido como TRANSEXUALISMO.
São amostras emocionantes, que podem ajudar a compreender a forma como essas pessoas lidam com a situação e como suas famílias reagem diante de algo tão complexo.

[Por curiosidade:
Transtornos mentais = Alterações do funcionamento da mente que prejudicam o desempenho da pessoa na vida familiar, social, pessoal etc.
Doença = Em medicina é considerada doença as alterações da saúde que tem uma causa “determinada” e com ocorrência de alterações físicas “detectáveis”. ]

VIDEOS:

MEU EU SECRETO - Histórias de Crianças Transgêneras (Parte 1) : http://www.youtube.com/watch?v=HC57MOD4Xqw

MEU EU SECRETO - Histórias de Crianças Transgêneras (Parte 2) : http://www.youtube.com/watch?v=i4pMGMm3XQs

MEU EU SECRETO - Histórias de Crianças Transgêneras (Parte 3) : http://www.youtube.com/watch?v=E0shS5vhtw0


PARA QUEM QUISER SABER MAIS:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?421



PS: Por estas e outras que sou fascinada pela psiquiatria!