23/01/2009

O entretenimento que motiva


Nem todo mundo sabe, mas eu sou completamente viciada em Big Brother.
Tá tá tá... xinguem litros! Mas fazer o que?

Eu sempre gostei do formato do programa e acredito firmemente que há possibilidade de aprendizado na observação do comportamento humano, principalmente quando colocado sob pressão e ócio.

Muitos alegam que a alienação da massa é prejudicial, mas quem nunca ponderou acerca das atitudes de outrem?
Aliás, o que fazem os comunicadores deste país, quiçá deste planeta, além de ficar à espreita do comportamento alheio e assim gerar produtos a serem consumidos?
Será mesmo que aqueles que tanto apregoam o fim da era dos observadores da vida real, já se deram conta do quanto esta experiência pode ser benéfica para o autoconhecimento e para a análise do dia-dia?

Do meu ponto de vista, eu consigo ver algo que, talvez, os ferrenhos críticos deste tipo de programa não enxergam, pois além do que já foi dito, eu visualizo o Big Brother como um programa que me proporciona fazer uma analogia com o mundo corporativo, visto que desde que o mundo é mundo vivemos numa selva profissional, onde os que sabem se impor, traçar estratégias, cativar as pessoas e ser mais competentes, vencem.

Fora o convívio forçado à que somos submetidos dia após dia, muitas vezes com pessoas que não gostamos e que por força das situações, como a de ter um salário para pagar as contas e conseguir sobreviver ao mundo capitalista em que vivemos, somos obrigados a suportar.

Se num Big Brother eles estão lá para serem expostos aos olhos de um público que não os conhece e sequer tem complacência sobre o quanto pode ser invasivo, o que dizer da situação de uma pessoa que entra numa empresa e é julgada o tempo todo por suas atitudes, palavras e comportamentos?

Além do que, para mim - como futura jornalista - assistir o programa na televisão, ler os blogs a respeito e assistir ao vivo (pela internet), me dá uma dimensão do quanto muitas coisas são manipuladas para agradar a determinados grupos, o que pode ou poderia virar uma notícia e o que definitivamente é entretenimento puro e simples.

Eu consigo sim ver que em um produto como o BBB é possível obter uma posição analítica da realidade e com isso aumentar o meu poder criticioso.

Por isso, eu pergunto:

Será mesmo para uma pessoa da comunicação não é importante estar aberta à isso?

3 comentários:

Pequeno Luiz disse...

tenho que concordar com voce... tira-se alguma coisa do BBB... mas não é exemplo pra n inguem!

Unknown disse...

Aí Suzana, como você sabe eu não gosto nem um pouco do BBB, acho que tô ficando chato e velho, mas muito legal a sua crônica sim, e vendo pelo ponto de vista explanado por você, você tá certa sim!

Eduardo Carraro disse...

Você tem seu ponto de vista. Um bom ponto de vista, aliás. A questão é que, como já nos foi dito em sala, notícia é aquilo que foge ao comum. Ou seja, não são 18 pessoas normais, fazendo atividades normais trancadas numa casa, de fato, objetos jornalísticos.

Mas, enfim... gosto cada um tem o seu, então... hahaha