21/10/2016

BAJULADORES



As criaturas mais perigosas que existem são aquelas que se aproximam procurando saber o que te move.
Elas chegam, te bajulam, puxam assunto sobre o que você gosta de falar, fingem te ouvir, fazem questão de se fazer presentes e quando você menos espera está tomado e vulnerável.
São sanguessugas de energia!
Nojo define!

GOSTO DE GENTE QUE FALA DE TUDO, QUE RI DAS PIADAS MAIS TOSCAS, FALA DOS ASSUNTOS MAIS SÉRIOS E SE DIVERTE COM TODA A TROCA POSSÍVEL EM UMA AMIZADE DE VERDADE.


De resto, alguns quilometros já bastam.

01/09/2016

Mais uma de amor



Os homens normalmente detém o poder nas relações porque as mulheres falam demais.

Fazemos perguntas, questionamos, queremos saber tudo. 
Mas sempre falamos mais...

E quanto mais a gente fala, mais eles sabem nossos gostos, pontos fracos, funcionamento...

Damos armas pra que ELES possam adequar seu discurso e com isso nos desnudamos e perdemos o controle.

Preciso aprender a me abrir menos! 

Calar é também confundir, resguardar-se e observar.

Quanto menos falamos, mais podemos agir.

“...Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então
A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer...

Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber...”

24/08/2016

Auto lembrete: NÃO INVESTIR EM RELAÇÕES VAZIAS




Quando tudo começou achei que talvez pudesse ser uma coisa bacana. E foi!
Teve afinidade, teve intimidade, teve risada, teve pegada... Foi A NOITE!

Daí veio a mentira, a descoberta, a decepção...
E eu insisti!
Insisti porque senti meu desejo gritando mais que minha consciência.
Arrisquei!

Só que o tempo passa, a história não evolui e vem a sensação de vazio e desimportância.
E então meu desejo também começa a cessar, ao mesmo tempo que a vontade de ter a atenção permanece...

Foi bom, mas como “ela” bem disse, se trata de uma relação com prazo de validade e que agora ou mais pra frente será frustrante.

Eu sei! 
E estou me desconectando, mas ainda não sou capaz de cortar...

Bora viver! Sem precipitação, com calma e mais observando do que atuando.

Não será a primeira e muito menos a última.

Segue o jogo.

18/07/2016

Repetição


E mesmo depois de tantas mudanças, de um ano e meio de análise e de novas pessoas terem passado pela minha vida, eis que me pego novamente insegura, com medo de desagradar e não ser boa o suficiente.

Apareceu um novo cara! E não, não é romance! Ele só quer farra e eu expliquei que preciso de algo a mais, mas mesmo assim ele continua no foco DELE. Enfim, ele quer sexo e eu tava a fim de envolvimento.

O fato é: Ele atiçou tanto que conseguiu que eu ficasse com vontade também e agora sou eu quem não paro de pensar...HAHAHA

Resta agora decidir: Vou ou não vou? Parto pra cima ou corro de uma possível cilada?
E o medo? E a insegurança sobre mim?

Ontem uma amiga disse uma coisa que tem e faz todo o sentido...  “Não tem segurança? Pois finja que tem até que não precise mais fingir... Domine! Satisfaça o seu desejo e não tente agradar”.


Precisando internalizar isso e ir lá e matar A MINHA VONTADE. Ele que se foda com o falocentrismo dele e com toda a sua falta de delicadeza.

Preciso resolver isso! E tem que ser logo!

19/08/2014

Levanta, sacode a poeira...



Porque em tempos de OLX, a palavra de ordem é DESAPEGA!


17/08/2014

Livros abertos




Admiro profundamente pessoas que sabem guardar seus segredos, suas venturas e desventuras, aquelas que são discretas por natureza.

E é pensando nisso que mais uma vez me pego divagando no por quê de não conseguimos guardar as coisas para nós mesmos...

Apesar de saber que ninguém realmente está interessado no que se passa em nossas vidas, a gente vai lá abre, conta e se diverte com risos fáceis e conselhos fúteis. Só pra depois descobrir que na verdade o que o outro achou é que foi tudo ridículo e que você não passa de um idiota.

Pois é, o fato é que quando a gente fala demais, sempre se arrepende...

Começo a desconfiar que a necessidade de alardear as vitórias e compartilhar pequenas alegrias, seja apenas mais um sintoma da insegurança e baixa autoestima latentes.

Falar menos, ouvir mais. POR QUE ISSO É TÃO DIFÍCIL?

09/08/2014

Aceita, que dói menos!



Eu queria entender qual o problema que as pessoas tem em assumir que gostam de cultura popular? Seria isso medo de parecer inculto? Ah vá! 

Eu gosto de Luan Santana, gostava do "Vai dar namoro" ("Hj nao Faro!"), adoro BBB, li livros de autoajuda (Que até foram bem úteis!), sempre fui noveleira e apaixonada por axé music.
E nada disso me diminui como ser humano e muito menos me impede de apreciar outras tantas coisas bacanas. 

O fato de me divertir e usar meu tempo para coisas que me acrescentam muito não deveria ser motivo pra que eu não pudesse relaxar e usar outras partes do meu dia para me divertir despretensiosamente.
No final, se me faz feliz é o q realmente interessa. 

21/11/2013

Em Chamas e a insaciável sede de oprimir


A continuação de Jogos Vorazes conseguiu ser ainda mais eletrizante que seu antecessor.
Com uma trama cheia de surpresas, "Em Chamas" é envolvente, assustador e ao mesmo tempo cheio de citações perfeitamente cabíveis em nossa sociedade.

Após ter desafiado a estrutura montada pelos organizadores dos Jogos Vorazes, Katniss Everdeen tem que enfrentar novamente o sistema e lutar contra os vencedores de outras edições do programa para defender a vida do povo de Panem e das pessoas que mais ama.

Um filme quente, que fala de amor, responsabilidade, senso de justiça, vingança, manipulação, alienação, revolta, luta e conspiração.

Emoção do começo ao fim.

Vale cada centavo!

Dilemas de uma democracia



E a polêmica do momento é a questão da liberação ou não das biografias sem autorização prévia, o que levanta questões como censura, invasão de privacidade, o limite dos direitos coletivos em detrimento dos individuais e as falhas na aplicação das leis.

De um lado, editores de livros, biógrafos e toda a classe jornalística levanta a bandeira para a liberdade total e irrestrita de publicações de biografias, sem que seja preciso autorização da pessoa em questão.

Em contrapartida, no lado oposto dessa briga estão nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Roberto Carlos, Djavan e vários artistas que se sentem invadidos em seu direito a privacidade, por biografias não autorizadas e sob as quais eles não possuem nenhum ganho financeiro.

Como jornalista e cidadã, obviamente sou totalmente a favor da liberdade de expressão e informação, porém as pessoas tem que tender que mesmo tendo meios para se defender de coisas publicadas/comercializadas, aos atingidos resta apenas remediar os estragos.

A discussão em si é realmente complexa, porém o fato é que vivemos num mundo onde a privacidade das pessoas vem sendo violada com frequência - não apenas no caso dos artistas, mas sim em todas as esferas da sociedade - ao mesmo tempo em que as leis não são cumpridas com a devida rapidez e rigor.

Na verdade, o que está sendo discutido é muito mais amplo do que a questão das biografias.
Estamos falando sobre direitos e deveres e isso é o que realmente precisa ser levado em consideração, ao invés de picuinhas de classes.

Obviamente, para o mínimo de funcionamento de uma democracia, precisamos estar atentos a todas as tentativas de tolher o direito de nos expressarmos de forma livre, autônoma e lúcida, porém é imprescindível refletir sobre as leis e criar formas mais duras de punir ofensas e excessos.

Realidade nua e cruel


Narrado com precisão e objetividade por Caco Barcelos, “Rota 66” foi um dos livros mais difíceis que já li na vida.

A violência, a maldade e a frieza de alguns policias - aliada a conivência da imprensa e incentivo de um sistema que premia e absolve quem mata mais - é assustadora até mesmo para quem sabe que de inocente este mundo não tem nada.

Trata-se de um trabalho relativamente antigo, mas tremendamente atual em tempos de “Amarildos” e escândalos envolvendo policiais e provas forjadas contra manifestantes.

Do ponto de vista jornalístico, trata-se de um livro extremamente corajoso, baseado em dados obtidos durante um minucioso e arriscado processo de investigação, que resulta em um grande objeto de estudo sobre apurações jornalísticas.

Definitivamente “Rota 66” é daquelas obras dignas de nos fazer perder a fé em tudo mais que nos cerca. Um livro pra quem tem estômago!