23/07/2011

A partida de Amy mostra a cara do que não queremos ver



Triste!
A morte de Amy Winehouse reabriu em mim a chaga pulsante da dor por aqueles que sucumbem à droga. A maldita DROGA!

Que sensação horrível de impotência, de que mais uma vez perdemos.
Porque sim, todos perdemos! Perdemos uma cantora maravilhosa, uma mulher interessante, um talento esplendoroso e acima disso tudo: Um ser humano carente e generoso, que foi tragado pela maldição do vício.

A penosa sensação a que me refiro é a de que até quando viveremos nesse inferno e quantos outros seres humanos ainda se perderão?

Desejo sinceramente que este triste desfecho sirva de exemplo a pelo menos um viciado. Que ele pare e realmente pense sobre o que está fazendo de sua vida.

Já aos que sorriem e dizem: "Ah, já foi. Esquece!", só posso dizer que antes de jogar pedras e fazer escárnio do triste destino de Amy e tantos outros que se foram por conta das drogas, seria interessante refletir sobre o poder do vício na vida das pessoas, pois, muita gente acha que viciado é um vagabundo, sem noção, que na tentativa de aparecer acaba se perdendo. Mas a coisa é muito mais complicada do que parece...

Quantas vezes, ao nos depararmos com alguém que nos balança o coração não nos deixamos levar pela idéia de que "com a gente vai ser diferente", mesmo sabendo que a pessoa em questão é um(a) canalha de marca maior?

Afinal, quem entra numa cilada sabe onde está se metendo, mas mesmo assim insiste. Não para morrer, mas talvez para fugir de coisas com as quais não sabe lidar. Como a carência, por exemplo!

Para mim, as drogas são como paixões transloucadas. No começo levam aos céus, mas com o passar do tempo, trazem muitos dissabores.
Triste saber que nesse caminho a volta por cima se torna tão difícil.

Afinal, excessos serão sempre excessos!

14/07/2011

Cuidando da vida alheia



Para quem me conhece e sabe a maneira que penso, pode parecer incoerente o que vou dizer neste post, mas sim eu tô de saco cheio de tanto holofote em cima da diversidade sexual existente entre as pessoas!

Ok! Concordo, respeito e assino embaixo de que todas as formas de amor são válidas, mas será mesmo que ficar falando o tempo todo sobre o mesmo assunto vai fazer com que as pessoas que discordam passem a aceitar e colocar em prática a tolerância?

É um tal de quantos homossexuais a novela atual tem, polêmica e luzes sobre as declarações homofóbicas de um ou outro ignorante, transsexualidade - sem o mínimo contexto - em BBB, discussão em programa de auditório sobre o acréscimo de mais uma letra à sigla LGBTTS (Agora temos a letra "I" na sigla, que fica LGBTTIS)...
Enfim são tantas as menções à sexualidade alheia que eu me sinto quase que como expectadora da vida privada de todo mundo.

Agora me diga: PARA QUE EU PRECISO SABER SE FULANO GOSTA DE TRANSAR COM MENINOS, MENINAS, TRAVESTIS, TRANSEX E TODA A PLURALIDADE SEXUAL DO MUNDO?

Será mesmo que esfregar na cara das pessoas que o homossexual é um ser humano como outro qualquer, vai fazer com que sejam aceitos como tal?

Não seria tão mais fácil a conscientização natural, isto é, as coisas serem mostradas como qualquer outra realidade que vivemos no dia a dia, sem afetações, babados, confusões e gritarias?

Afinal, quando vc se apresenta para alguém vc diz: Oi, meu nome é Fulana, tenho 30 anos e gosto de sexo selvagem com meninos bem dotados?
Acho que não...

O que parece é que o mundo tem ficado pequeno demais para tanta gente querendo cuidar da vida alheia e que a cada dia as pessoas tem se importado cada vez menos com questões da sua própria vida, ou em como resolver problemas sociais realmente importantes.

Minha crítica, de forma nenhuma, reclama dos direitos adquiridos pelos homossexuais. Muito pelo contrário! O que comento aqui é sobre o excesso de exposição a que as pessoas estão sendo levadas, pois não acredito que ficar levantando insistentemente uma bandeira em favor de algo que se é vai mudar o pensamento de gente intolerante e irracional.

Não sei, mas começo a crer que o excesso de exposição sobre a a vida sexual - em especial a dos gays - tem trazido mais dissabores do que benefícios, pois ao discutirmos somente as preferências sexuais, em detrimento das idéias das PESSOAS, voltaremos ao estágio primitivo, onde praticar sexo era mais obrigação do que prazer.

Todo excesso faz mal!
E mendigar o direito de ser igual, faz de qualquer minoria um esteriótipo de si mesma.